sábado, 21 de junho de 2014

Dia Nacional de Combate a Asma


Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Falta de ar, chiado no peito e cansaço são sintomas característicos da doença. Apesar de ainda não se conhecer a cura definitiva para a asma, é possível controlar as crises e levar vida normal, desde que o paciente receba o tratamento adequado.


DIFERENÇA ENTRE ASMA E BRONQUITE

Em certos aspectos, asma e bronquite provocam sintomas semelhantes. Qual a diferença básica entre bronquite e asma?

Do ponto de vista clínico, existe uma certa sobreposição de sintomas. A característica básica da asma é ser uma doença que se manifesta em forma de crises provocadas por broncoconstrição, isto é, pelo fechamento das vias aéreas por inflamação e contração da musculatura. Nos episódios de asma, o mal-estar é passageiro e, vencida a crise, a pessoa volta absolutamente ao normal. Já a bronquite se distingue pela ocorrência de tosse produtiva crônica, com catarro, por mais de três meses num ano, durante dois anos consecutivos.



A confusão existe porque bronquite crônica também pode ocasionar broncoconstrição, que dificulta a respiração e produz sintomas semelhantes aos da asma como falta de ar e chiado. A diferença fundamental, porém, é que a crise asmática é reversível. Às vezes, passa espontaneamente, embora sempre demande cuidados. Para o controle da doença, existem dois tipos de tratamento: o indicado para a manifestação aguda, o ataque de asma, e o tratamento de manutenção.


A asma é uma doença hereditária?

Provavelmente, a asma seja uma doença hereditária. Há estudos recentes apontando para os genes da asma, apesar de não se conhecer, ainda, sua capacidade de penetração. Parece certo, porém, não se tratar de um único gene e possuí-lo não significa que a pessoa ficará doente. No entanto, se um dos pais for asmático, a probabilidade de o filho ser portador da doença aumenta. Se os dois forem asmáticos, esse risco cresce consideravelmente.

É preciso dizer que a herança genética não é a única causa responsável pelo aparecimento da doença. Continuada exposição a certos fatores ambientais pode desencadear a crise. É o caso, por exemplo, das poeiras orgânicas, dos resíduos de madeira, do feno e de outras forrageiras usadas para alimentar gado. Nessas circunstâncias, porém, trata-se de um tipo diferente de asma cuja crise é deflagrada por um mecanismo semelhante ao das alergias de pele.

Sempre é válido repetir que existe distinção entre asma alérgica, ou extrínseca, e asma associada a características individuais. Exemplificando: há pessoas que entram em crise quando fazem exercícios físicos e a respiração acelera. Ora, ninguém é alérgico a exercícios, logo essas pessoas demonstram maior predisposição para contrair a doença. São hiperreativas.

E o que é hiperreatividade? Todos nós, dependendo do estímulo, vamos apresentar fechamento dos brônquios, porque esse é um mecanismo de defesa natural do organismo que impede a entrada de substâncias tóxicas nos pulmões. No asmático, essa reação é exagerada. Qualquer estímulo, que os outros nem notariam, neles detona broncoespasmo e reação inflamatória. A hiperreatividade pode ser específica ou não, e nisso se baseará o diagnóstico para classificar o tipo de asma.

EFEITOS DA POLUIÇÃO

A poluição é um dos fatores que acionam o gatilho da asma. Existe, todavia, notável diferença entre poluição particulada e poluição gasosa. Quando o carro trafega por uma estrada sem pavimentação, levanta uma nuvem de poeira que sobrecarrega o ar com particulados cuja tendência é permanecer nos cílios maiores do sistema respiratório e não chegar aos pulmões. Isso não é poluição e não prejudica a saúde. Nas grandes cidades, porém, a poluição resulta da mistura de gases nocivos e de particulados, como a fuligem, resultantes ambos da combustão inadequada de certas substâncias. Como a exposição repetida a tais elementos agride o organismo, essa poluição faz mal.

MEDICAMENTOS À BASE DE CORTISONA

A cortisona é o medicamento mais eficaz para controlar a crise de asma, mas deve ser usada criteriosamente, em baixas doses por curto período de tempo. Não representa problema maior quem foge desse remédio. Causam preocupação os que o consideram perfeito para evitar as crises, exageram nas doses e com isso se expõem mais a seus indesejáveis efeitos adversos. Nunca é demais repetir: cortisona só deve ser usada sob orientação médica e em quantidade e tempo absolutamente controlados.


Na prática, cortisona é a segunda medicação que se indica. Primeiro, tenta-se o broncodilatador, as famosas bombinhas que todo asmático conhece. Se a resposta não for satisfatória, entra-se com o corticoide. Atualmente, existem derivados da cortisona com menores efeitos colaterais e resultados excelentes. Sob a forma de spray, eliminam as doses por via oral e, inalados, agem diretamente nos pulmões.


O USO DAS BOMBINHAS

Muita gente afirma que usar bombinha com frequência vicia e há quem relate casos de morte associados a seu uso. Isso realmente acontece?


Bombinha não vicia, mas as pessoas acreditam nisso, porque seu uso pode não apresentar o efeito esperado. O problema não está na bombinha, está na própria da doença: além do espasmo provocado pela contratura muscular, existe um processo inflamatório que requer tratamento específico, em geral, com cortisona. Estudos realizados no Hospital das Clínicas de São Paulo demonstraram que 80% dos pacientes não sabem como manejar a bombinha corretamente e, às vezes, insistem em utilizá-la no momento errado, quando deveriam estar recebendo outro tipo de medicação.


Além disso, há remédios indicados para a prevenção da crise asmática que nenhum efeito exercem na hora em que ela se manifesta. Como consequência, a crise não regride e a pessoa pode morrer usando a bombinha, que leva a má fama, embora ainda represente a melhor solução para administrar remédios contra a asma.

RECOMENDAÇÕES


1) A asma não tem cura. É preciso aprender a conviver com a doença que tem algumas características gerais, mas muitas características individuais. Fique atento e tente identificá-las prontamente. Portanto,


2) Aprenda a usar corretamente os remédios. Não tenha medo deles, mas não os utilize sem orientação médica. Tanto as bombinhas quanto os corticoides, na medida e hora certas, ajudam a controlar a crise;



3) Identifique os fatores ambientais que promovem o aparecimento das crises e afaste-se deles o máximo que puder;

4) Procure levar uma vida absolutamente normal. Ter asma não impede ninguém de levar vida normal, desde que a pessoa saiba reconhecer e controlar sua doença;

5) Não fume sob nenhum pretexto. O cigarro é um veneno também para os pacientes com asma.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/asma-4/

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