A nicotina do tabaco causa dependência química similar à dependência de drogas como heroína ou cocaína. O tabagismo está na Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), no grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substância psicoativa. É considerado uma doença pediátrica, pois a idade média da iniciação é 15 anos. Mesmo as pessoas que não fumam correm sérios riscos. O tabagismo passivo é a 3ª causa de morte evitável no mundo e o maior responsável pela poluição em ambientes fechados.
A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. O tabagismo mata 6 milhões de pessoas no mundo anualmente, 1 milhão delas no continente americano. Ele é o fator de risco mais importante para doenças crônicas comuns, como o câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias. Desde 1989, o Ministério da Saúde articula através do Instituto Nacional de Câncer (INCA), as Ações Nacionais de Controle do Tabagismo, visando reduzir a prevalência de fumantes e a conseqüente morbi-mortalidade relacionada ao tabagismo no Brasil. As ações educativas dividem-se em pontuais e contínuas.
As ações pontuais envolvem campanhas (Dia Mundial sem Tabaco, Dia Nacional de Combate ao Fumo e Dia Nacional de Combate ao Câncer) e as contínuas objetivam manter um fluxo contínuo de informações sobre prevenção do câncer, tanto em relação ao tabagismo como aos demais fatores de risco de câncer. Considera-se que culturas e hábitos são passíveis de mudança somente a longo prazo. Portanto, essas ações utilizam canais para alcançar a comunidade de forma contínua e dentro da realidade de sua rotina. Dessa forma, através da realização de atividades sistematizadas em subprogramas dirigidos aos ambientes de trabalho, escolas e às unidades de saúde, o tema é inserido nas rotinas desses ambientes.
Referências
Tabagismo: um grave problema de saúde pública, INCA, 2007.
Por Joyce Rouvier
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